A Pedagogia Tradicional
Pedagogia pode ser considerada como uma ciência. E nesse caso, ciência que se relaciona aos aspectos que envolvem a educação. Estudando-a percebe-se que a pedagogia possui várias tendências que se caracterizam e se relacionam a determinadas épocas históricas das sociedades mundiais, acompanhando e evoluindo de acordo com as necessidades de aprendizagem dos indivíduos e levando-se em consideração aspectos sociais, políticos e econômicos.
Dentro desse contexto observemos a pedagogia tradicional: tendência pedagógica que norteou a prática educativa no Brasil até 1930. Suas bases se firmavam na exposição verbal e no repasse dos conteúdos, feitos de forma singular sem considerar qualquer experiência trazida pelos aprendentes, valorizando e monopolizando a fala e a importância de uma única figura, a do professor que era considerado o dono da verdade, o detentor de todo o saber, aquele que determinava quando, como e o que ensinar. Essa pedagogia não se preocupava em transformar sociedades e seres, estando o saber nesse contexto apenas como algo abstrato.
Dominou o cenário escolar e nossas escolas por aproximadamente quatro séculos. Outro aspecto dessa pedagogia é que ela objetivava universalizar o conhecimento. Para isso utilizava-se de métodos como o treino incessante, a memorização ou decoreba, onde o professor era o mestre, o ser superior transmissor de ensinamentos que eram considerados verdade absoluta sem margem para questionamentos, sugestões, estando o aprendente no papel constante de receptor – passivo - ouvinte de um conteúdo que nem fazia parte do seu contexto social e muito menos do seu interesse.
Como resultado desse processo de ensino; a aprendizagem simbólica, vazia. Nota-se de acordo com estudos que essa tendência se institucionalizou a partir do Renascimento e da Idade Moderna, quando os sistemas de internato apropriavam-se do rigor e da disciplina na sua prática de ensino e aprendizagem.
No período caracterizado pela prática da pedagogia tradicional as escolas são marcadas pelo conservadorismo cultural, ou seja, busca-se no passado a resolução de problemas atuais, não valorizando capacidades e nem habilidades individuais, valorizando e preconizando o ensino de massas, de maneira uniforme.
A Pedagogia Nova
Pedagogia pode ser considerada como uma ciência. E nesse caso, ciência que se relaciona aos aspectos que envolvem a educação. Estudando-a percebe-se que a pedagogia possui várias tendências que se caracterizam e se relacionam a determinadas épocas históricas das sociedades mundiais, acompanhando e evoluindo de acordo com as necessidades de aprendizagem dos indivíduos e levando-se em consideração aspectos sociais, políticos e econômicos.
Dentro desse contexto observemos a pedagogia tradicional: tendência pedagógica que norteou a prática educativa no Brasil até 1930. Suas bases se firmavam na exposição verbal e no repasse dos conteúdos, feitos de forma singular sem considerar qualquer experiência trazida pelos aprendentes, valorizando e monopolizando a fala e a importância de uma única figura, a do professor que era considerado o dono da verdade, o detentor de todo o saber, aquele que determinava quando, como e o que ensinar. Essa pedagogia não se preocupava em transformar sociedades e seres, estando o saber nesse contexto apenas como algo abstrato.
Dominou o cenário escolar e nossas escolas por aproximadamente quatro séculos. Outro aspecto dessa pedagogia é que ela objetivava universalizar o conhecimento. Para isso utilizava-se de métodos como o treino incessante, a memorização ou decoreba, onde o professor era o mestre, o ser superior transmissor de ensinamentos que eram considerados verdade absoluta sem margem para questionamentos, sugestões, estando o aprendente no papel constante de receptor – passivo - ouvinte de um conteúdo que nem fazia parte do seu contexto social e muito menos do seu interesse.
Como resultado desse processo de ensino; a aprendizagem simbólica, vazia. Nota-se de acordo com estudos que essa tendência se institucionalizou a partir do Renascimento e da Idade Moderna, quando os sistemas de internato apropriavam-se do rigor e da disciplina na sua prática de ensino e aprendizagem.
No período caracterizado pela prática da pedagogia tradicional as escolas são marcadas pelo conservadorismo cultural, ou seja, busca-se no passado a resolução de problemas atuais, não valorizando capacidades e nem habilidades individuais, valorizando e preconizando o ensino de massas, de maneira uniforme.
A Pedagogia Nova
Essa tendência pedagógica surge das críticas incessantes de educadores e estudiosos da pedagogia ao modelo que antecedeu educacional que a antecedeu: a pedagogia tradicional. As críticas se davam pelos resultados apresentados pela prática da pedagogia tradicional que falhou, uma vez que nem todos os indivíduos tiveram acesso a ela e os que tiveram nem todos alcançaram êxito enquanto cidadãos de uma sociedade que se queria à princípio consolidar.
Surge então em meio às críticas e fracassos a Escola Nova ou Escolanovismo derrubando teoricamente todo o trabalho da tendência pedagógica anterior.
Sua base teórica era a busca pela individualização do ensino, a integração total do indivíduo ao grupo, bem como a valorização do seu potencial, da sua experiência cultural, cognitiva ou social. Considera que o individuo não pode ser segregado, e quando aceito pelo grupo se integra não só socialmente como se sente valorizado ao ser aceito pelo mesmo. Nesse sentido, Maria Montessori muito contribuiu com essa tendência através da sua experiência com a educação de jovens portadores de necessidades especiais (Filme Maria de Montessori).
Essa tendência valoriza a criação individual e atividades livres baseados no princípio da livre-educação.
O movimento ganhou força e respaldo também com as inúmeras experiências realizadas no campo da psicologia, através de intensivos testes de inteligência.
Uma máxima da Pedagogia Nova é o respeito incondicional pelos alunos e seus limites e capacidades, objetivando a correção dos erros de práticas do passado onde o aluno que não aprendia era marginalizado, incutindo em todos a aceitação dos demais e pelos demais. Dessa forma acredita-se na possibilidade da construção de uma sociedade igualitária, harmônica, respeitando-se a diversidade cultural e todos os níveis cognitivos existentes.
Outro aspecto relevante é que o professor não mais é o único detentor do saber, e agora o aluno é o centro e o ponto de partida dos ensinamentos e questionamentos no ambiente escolar. Há preconização dos trabalhos em grupo, da valorização do interesse dos alunos que acabam por orientar e guiar o professor que agora é apenas o mediador no processo de ensino aprendizagem dos educandos na organização e aplicabilidade dois conteúdos programáticos. O ambiente escolar se torna mais afetivo, a avaliação se baseia na própria avaliação que o aluno faz de si e do seu processo de apreensão de conteúdos. A prática dessa tendência, infelizmente tem-se desviado do foco principal e inicial: abraçar, incluir o rejeitado, o marginalizado. Alguns professores negligenciam e afrouxam a transmissão de conteúdos, perdendo a essência dessa tendência que é a aceitação do outro e a sua própria e contribuir para uma sociedade mais justa onde todos devem ser valorizados em seus mais distintos aspectos.
A Pedagogia crítico-social dos conteúdos
Essa tendência pedagógica entende que a escola é parte integrante de todo social. A escola é o espelho da sociedade, refletindo nela as situações sociais contemporâneas, portanto deve ser mediadora no seio da prática social e global.
A Pedagogia Crítico-social dos Conteúdos surgiu no final dos anos 70 e início dos anos 80, sua ênfase é dada aos conteúdos, que são sempre confrontados com a realidade social, foca-se também em duas outras questões: as relações interpessoais e seus frutos, e o desenvolvimento da personalidade individual no que se refere aos seus processos de construção e organização pessoal da realidade.
Em seu contexto é certo afirmar que essa tendência pedagógica entende que não basta que o educando tenha como conteúdo escolar as questões sociais atuais. É necessário que o aluno se reconheça nos conteúdos e modelos sociais apresentados, considerando seus signos culturais e seu modo de vida para que seja possível o processamento de informações e para que ele saiba lidar com os estímulos do ambiente na sua busca por ampliação e aquisição de aprendizado.
Se a escola é parte integrante do todo social como aponta a pedagogia Crítico-social, logo, ela deve servir aos interesses populares e garantir um bom ensino para que o aluno seja preparado para o mundo e para que isso ocorra de forma plena é necessário que a escola lhe proporcione a aquisição de conteúdos significativos para ele.
Dentro dessa tendência pedagógica o professor ocupa a papel de mediador, orientando seus alunos, tendo como ponto de partida os próprios conteúdos.
Pode-se afirmar que os métodos empregados nessa tendência favorecem a coerência entre a teoria e a prática, ou seja, deve-se ensinar o que for do interesse dos alunos. Acredita-se que numa busca prévia do professor pelos conteúdos de interesse dos seus alunos ele poderá saber o que os alunos já sabem e a partir daí criar situações para que haja aprendizagens significativas realmente.
Por Shayra Amadeu, Graduanda em Artes Visuais no estudo da Didática do Ensino da Arte/2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário