Meus avós
Com toda a certeza eles são a base da minha história e consequentemente a raiz da minha existência.
Minha avó materna, Maria da Penha Gomes Amadeu.
Nica era seu apelido de infância. Única menina fruto da união de um português com uma índia que tinham mais três filhos homens. Vovó Penha nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, moça muito prendada, pintora, estudou na Escola de Belas Artes de Cachoeiro de Itapemirim, era muito estudiosa e habilidosa, minha mãe diz sempre que ela tinha alma de artista. Noiva estava de um jovem comerciante da cidade quando conheceu meu avô, recém chegado da 2ª Guerra Mundial, onde combateu por 2 anos e cinco meses, por quem se apaixonou perdidamente. Resultado: casamento de quase trinta anos que rendeu 10 filhos, dois mortos e oito vivos, inclui-se aí a minha mãe; viva graças a Deus! Após o casamento com meu avô mudou-se para Muqui, em seguida para o Rio de Janeiro onde viveu por 15 anos, retornando para Cachoeiro, sua terra natal, onde faleceu em 1983, já viúva. Cedo abandonou seus fazeres artísticos para somente trabalhar em busca do sustento da família que era muito grande. Trabalhou no Ministério do Exército e nos Correios. Convivi muito pouco com ela, sei dela o que minha mãe conta. Me recordo do pouco contato que tive ... sempre me pedia para fazer cafuné nos seus cabelos e nos seus pés! Ela se foi eu devia ter apenas uns 8 anos. Está enterrada onde nasceu, mas vive todos os dias aqui em casa na presença da filha dela, que é a minha mãe.
Uma foto é da minha avó e a outra é a foto de uma camisolinha que ela me deu e que guardo até hoje.
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