Resenha
Percepção a cerca do que a Legislação apresenta e a realidade constatada no ensino da arte no Brasil, especialmente em sua região.
Na Lei nº 5692/71, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a arte foi incluída no currículo escolar com o título de Educação Artística, considerada, porém, como atividade educativa e não como disciplina. A conseqüência foi a perda da qualidade dos saberes específicos das diversas formas de arte, dando lugar a uma aprendizagem reprodutiva.
Já a Lei n º 9394/96, das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, significou um avanço para a área. Em primeiro lugar, pôs fim a discussões sobre o eventual caráter de não obrigatoriedade nos diversos níveis da Educação Básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (art. 26, § 2º)
Em segundo lugar, porque a denominação de Educação Artística é substituída por Ensino da Arte. Ficou, assim, pavimentado o caminho para se identificar a área por Arte, não mais entendida como uma atividade, um mero “fazer por fazer”, mas como uma forma de conhecimento.
Muito já se falou a respeito da importância de se vivenciar a arte em amplos aspectos no desenvolvimento cognitivo do ser humano. Lendo os parágrafos acima se percebe também que a disciplina logrou êxito ganhando legitimação, espaço, respeito. Considero que houve avanço, porém, o mais significativo ocorreu apenas na teoria. Na prática estamos caminhando a passos lentos. Digo isso por ver a disciplina sendo tratada como a hora do lazer, tendo aulas ministradas por profissionais formados em outras áreas, num modelo de aula repetitivo, sem muitos recursos ou embasamento científico, onde alunos produzem artesanatos, reproduzem cartões, lembrancinhas e professores sendo os responsáveis pelas coreografias de desfiles, festas, e pelos painéis de datas comemorativas da escola. Não que isso seja incorreto, a deficiência está em resumir o ensino da Arte a apenas essas atividades.
Na minha região, pelo que ouço de minhas colegas que atuam na área, é visível certo avanço. Elas seguem um currículo de conteúdos específicos ao estudo da arte e carga horária planejados, os alunos estão sempre envolvidos com atividades diversificadas, estão sempre tendo oportunidade de visitar exposições de arte, teatro, cinema.
A missão de avançar na prática e tornar a arte uma disciplina valorizada é de quem está agora conhecendo a sua suma importância para a formação de um ser social, é de quem tem olhos de ver além e a veja como uma fonte inesgotável de conhecimentos e é daqueles que acreditam que seja possível o desenvolvimento cultural, social, intelectual do ser humano através dos inúmeros caminhos que a arte é capaz de proporcionar – ou seja, é nossa, é dos arte-educadores.
Percepção a cerca do que a Legislação apresenta e a realidade constatada no ensino da arte no Brasil, especialmente em sua região.
Na Lei nº 5692/71, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a arte foi incluída no currículo escolar com o título de Educação Artística, considerada, porém, como atividade educativa e não como disciplina. A conseqüência foi a perda da qualidade dos saberes específicos das diversas formas de arte, dando lugar a uma aprendizagem reprodutiva.
Já a Lei n º 9394/96, das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, significou um avanço para a área. Em primeiro lugar, pôs fim a discussões sobre o eventual caráter de não obrigatoriedade nos diversos níveis da Educação Básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (art. 26, § 2º)
Em segundo lugar, porque a denominação de Educação Artística é substituída por Ensino da Arte. Ficou, assim, pavimentado o caminho para se identificar a área por Arte, não mais entendida como uma atividade, um mero “fazer por fazer”, mas como uma forma de conhecimento.
Muito já se falou a respeito da importância de se vivenciar a arte em amplos aspectos no desenvolvimento cognitivo do ser humano. Lendo os parágrafos acima se percebe também que a disciplina logrou êxito ganhando legitimação, espaço, respeito. Considero que houve avanço, porém, o mais significativo ocorreu apenas na teoria. Na prática estamos caminhando a passos lentos. Digo isso por ver a disciplina sendo tratada como a hora do lazer, tendo aulas ministradas por profissionais formados em outras áreas, num modelo de aula repetitivo, sem muitos recursos ou embasamento científico, onde alunos produzem artesanatos, reproduzem cartões, lembrancinhas e professores sendo os responsáveis pelas coreografias de desfiles, festas, e pelos painéis de datas comemorativas da escola. Não que isso seja incorreto, a deficiência está em resumir o ensino da Arte a apenas essas atividades.
Na minha região, pelo que ouço de minhas colegas que atuam na área, é visível certo avanço. Elas seguem um currículo de conteúdos específicos ao estudo da arte e carga horária planejados, os alunos estão sempre envolvidos com atividades diversificadas, estão sempre tendo oportunidade de visitar exposições de arte, teatro, cinema.
A missão de avançar na prática e tornar a arte uma disciplina valorizada é de quem está agora conhecendo a sua suma importância para a formação de um ser social, é de quem tem olhos de ver além e a veja como uma fonte inesgotável de conhecimentos e é daqueles que acreditam que seja possível o desenvolvimento cultural, social, intelectual do ser humano através dos inúmeros caminhos que a arte é capaz de proporcionar – ou seja, é nossa, é dos arte-educadores.
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