Discuta se ainda existe polivalência no ensino da arte no Brasil.
Registro das minhas considerações.
Shayra Amadeu, graduanda em Artes Visuais pela Ufes. (2ºSemestre/2009)
O que pude perceber através da minha experiência em ambiente escolar é que o titular dessa disciplina em quase sua totalidade é o professor formado em outra área e que muitas vezes “ocupa” essa pasta como complemento de carga horária, por não ter profissional habilitado (arte-educador) ou acreditem, por se considerar estressado e querendo diminuir sua jornada de estudos opta por uma disciplina que não lhe exija tanto estudo, pesquisa ou planejamento, como se arte pudesse ser ensinada sem estudo prévio.
Tendo um representante com o perfil acima definido o ensino da arte resumiu-se a desenhos pedagógicos, um “deixar fazer” num objetivo único de desenhar por lazer. As aulas de arte assumiram o papel de complementar conteúdos estudados até mesmo em outras disciplinas, como pinturas de datas comemorativas, festas folclóricas, e o professor de arte é aquele que ensaia músicas, teatro, faz painéis comemorativos, enfeita a quadra pras festas da escola, num desenvolver de atividades que são repetidas ano após ano mecanicamente sem possibilitar ao aprendente fazerem as quatros coisas com a arte, que de acordo com a sua epistemologia corresponde a: fazer, olhar, entender seu lugar na cultura e no tempo e julgar (Elliot Eisner).
Nenhum comentário:
Postar um comentário